terça-feira, 12 de abril de 2011

4 - O resgate da liderança do "EU"

    Muitos confundem o significado do "eu". Mesmo nas teorias psicológicas, há uma carência de definição adequada.
De acordo com a teoria da Inteligência Multifocal, o "eu" representa a nossa consciência crítica, nossa vontade consciente e a capacidade de decidir. O "eu" é a nossa identidade.
    O "eu" não são meros pensamentos ou emoções. O "eu" é a nossa capacidade de analisar as situações, duvidar, criticar, fazer escolhas, exercer o livre-arbítrio, corrigir rotas, estabelecer metas, administrar as emoções e governar os pensamentos.
    Estudaremos, em outros capítulos, que é possível produzir pensamentos e emoções sem a autorização do "eu". Esse fenômeno que ocorre com freqüência é um dos mais complexos da mente humana. Quantas vezes pensamos o que não queremos e sentimos o que não queremos? Você tem pensamentos que roubam sua tranqüilidade?
    Um "eu doente, sem estrutura e maturidade é indeciso, inseguero, instável, impulsivo, ansioso, escravo dos pensamentos e das emoções destrutivas. mesmo intelectuais, executivos e líderes sociais podem ter um "eu" doente ou imaturo.
    Eles podem ser ótimos para tratar de problemas externos, mas não para resolver problemas internos. Quando são contrariados, criticados ou atravessam perdas, têm reações agressivas ou sofrem excessivamente.
    Nossa historia, arquivada na nossa memória, é a caixa de segredos da nossa personalidade. Ninguém é autor sozinho da sua história. Somos construídos e construtores da nossa personalidade.
    Somos construídos pela carga genética e pelo ambiente educacional e social, representados pelos nossos pais, professores, amigos, colegas, escola, televisão, esporte, música, uso da internet. Somos construtores da nossa personalidade através da liderança do "eu".
    A cada ano, milhões de pensamentos e emoções são registrados na memória tecendo complexas redes de matrizes.
Pouco a pouco, essas matrizes preparam a formação do "eu".
    Quando uma criança começa a pedir, por exemplo, água à sua mãe, o seu "eu" começa a dar grandes saltos, pois ela constrói uma cadeia de pensamentos que expressa, ainda que parcialmente, a consciência da sede, do outro e de que sua necessidade será atendida.
    A produção de um pequeno pensamento como esse parece muito simples, mas representa um fenômeno tão complexo que milhões de computadores interligados jamais conseguirão realizar. Os computadores nunca terão a consciência da existência, estarão sempre mortos para si mesmos.
    Na adolesc~encia, o "eu" deveria estar razoavelmente alicerçado. Na vida adulta, ele deveria estar estruturado a tal ponto que deveria assumir plenamente a campacidade de lidernça do próprio ser.
    O grande problema é que a maioria das pessoas não desenvolve um "eu" crítico, lúcido, coerente, capaz de tomar decisões certas na hora certa. Assim, ele nunca se torna autor da prórpria história.

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