quinta-feira, 28 de abril de 2011

5 - Afinal de contas, o que é ser autor da própria história?

     Se considerarmos a mente humana como um grande teatro, é possível afirmar que, devido à fragilidade do "eu" para atuar dentro de si, a maioria das pessoas fica na platéia assistindo passivamente a seus conflitos e misérias psíquicas encenados no palco. Precisamos sair da platéia, entrar no palco dos nossos pensamentos e emoções e difrigir a nossa história. 
      As teorias psicológicas que dizem não ser possível mudar a personalidade do adulto estão cientificamente erradas nessa área. é mais fácil mudar a personalidade das crianças porque as matrizes da sua memória estão abertas, mas o adulto também pode sofrer transformações.
     Cada vez que você pensa e registra esse pensamento, sofreu uma pequena (micro) mudança. Pensar é transformar-se. O problema é que podemos mudar para pior. Devido ao volume de idéias perturbadoras, muitas pessoas deixam, pouco a pouco, de ser alegres, livres, motivadas, singelas, ousadas. Em qualquer época da vida, podemos adoecer se não trabalharmos nossas perdas, decepções, crises. 

     O que você faria se a relação com as pessoas que você ama estivesse em crise, se o encanto pela vida estivesse se dissipando e o prazer pelo seu trabalho estivesse se esgotando? Lutaria para reconquistar o que mais ama? Ficaria paralisado na platéia pelo medo e dificuldade ou entraria no palco e resolveria ser autor da sua história? Eu espero que você entre no palco, pois ninguém pode dirigir por você a peça da sua vida!

     O projeto PAIQ não é diriido para heróis nem para pessoas perfeitas, pois eles só existem nos filmes e na literatura. Ele é dirigido para pessoas que analisam sua história e têm consciência de que precisam ser mais tranüílias, pacientes, tolerantes, menos ansiosas e menos estressadas.
     Apesar de o funionamento da mente humana ser de indescritível beleza, a personalidade adquire conflitos com facilidade: complexo de inferioridade, timidez, fobias (medos), depressão, obsessão, síndrome do pânico, doenças psicossomáticas, rigidez, perfeccionismo, insegurança, impulsividade, preocupações, excessivas com o futuro e com a imagem social.
     Alguns são controlados pelos seus traumas do passado; Outros, pelas decepções do presente. Uns resolvem com facilidade suas dificuldades, outros perpetuam suas doenças psíquicas por anos ou décadas. Não aprenderam a intervir no seu próprio mundo. 
     Quando necessário, deve-se fazer um tratamento psicológico e médico sem culpa e com motivação e consciência. Entretanto, nunca devemos esquecer-nos de que devemos ser os atores principais do tratamento. O "eu" é o grande agente de mudança. 
     Nunca conheci alguém plenamente saudável. Pessoas calmas têm seus momentos de impaciênica. Pessoas tranqüílas têm seus momentos de ansiedade. Pessoas lúcidas tem seus momentos de incoerência. Todos precisamos de ajuda em alguma área de nossa personalidade. 
     Vivemos em sociedades livres, mas nunca houve tantos escravos no território da emoção. Escravos da ansiedade, Impulsividade, medo intolerância, timidez, irritabilidade, estresse, preocupações com o amanhã, excesso de atividades. 
     Na minha opinião, os educadores são os profissionais mais importantes da sociedade, apesar de a sociedade não os valorizar. Todavia, o sistema educacional tem cometido alguns erros gravíssimos ao longo dos séculos. Ele nos tem preparado para trabalhar no mundo de fora, mas não para atuar no mundo de dentro.  Os professores conhecem as partículas atômicas que nunca viram, mas não conhecem quase nada sobre o funcionamento da sua mente. 
     Milhões de pessoas nunca aprenderam que podem e devem gerenciar seus pensamentos e emoções. Como serão líderes de si mesmas se não se conhecem minimamente? Como evitar que tenham transtornos psíquicos se não têm ferramentas para se defender ou se resolver?
     Muitos investem toda sua energia na sua empresa ou na sua profissão. Tornam-se máquinas de trabalhar (workaholic). Não investem na sua tranqüilidadee no seu prazer de viver nem nas suas relações. São admirados socialmente, mas têm péssima qualidade de vida. Empobreceram no único lugar onde não podemos ser miseráveis: no teatro da nossa mente. São ansiosos, irritados, inquietos, insatisfeitos. A maioria deles promete para si que corrigirá seus caminhos, mas nunca os corrige. Por fim, Alguns morrerão e se tornarão os mais ricos e bem-sucedidos de um cemitério. Triste história!
     Que característica da sua personalidade ou postura de vida você tem tentado mudar, mas não tem conseguido? Você pode adiar muitas coisas na sua vida, mas não a decisão de ser autor da sua própria história. Afinal de contas, a vida é um grande livro. É sua responsabilidade escrever seus textos.

>> O próximo tópico será a última lição desse Capítulo (será postado as 03h00(AM)-horário Brasil do dia 29/04/11), ele virá acompanhado com  as atividades do Painel I e II, estarei on line das 18h as 19h.
 

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